1. |
O Teu Riso
04:25
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Adoro quando o sol
Nos convida a passear
E quando um sorriso chega
Para eu não pensar
Que tudo tem um fim
E mais vale aproveitar
Se o dinheiro não chegar
Vamos rir-nos mesmo assim
Se eu fecho os olhos só consigo pensar
Nunca chego a uma conclusão
Quero olhar para a pedra, ouvir o vento a passar
O teu riso tinha razão
Enquanto formos nós
A escolher o que nos traz
Nunca havemos de estar sós
E eu enfim serei capaz
De escrever uma canção
Como quem sacode os pés
Ao sair da praia às dez
Vamos rir-nos todo o verão
Se eu fecho os olhos só consigo pensar
Nunca chego a uma conclusão
Quero olhar para a pedra, ouvir o vento a passar
O teu riso tinha razão
Não quero
Fins nem princípios,
Nem o chinfrim dos meus vícios.
Prefiro quando o sol
Nos convida a passear
E quando um sorriso chega
Para eu não pensar
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2. |
Não Tarda
02:36
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O jornal que me aconselha um bom jantar
Não faz ideia dos segredos que há em ti
O teu ritmo não nos deixa recriar
As boas histórias que eu contigo já vivi
Vidas, sombras
Minhas e das outras
Ruas todas
Cada dia me apaixono
Dá-me os vícios, dá-me as escolhas
Rouba a calma, tira o sono
Dá-me a vida, dá-me a festa
E a tristeza que não presta
O canal que me ensina a cozinhar
Também é o mesmo que me impede de dormir
Passo insónias à janela a contemplar
A luz acesa que me anda a seduzir
Vidas, sombras
Minhas e das outras
Ruas todas
Cada dia me apaixono
Dá-me os vícios, dá-me as escolhas
Rouba a calma, tira o sono
Dá-me a vida, dá-me a festa
E a tristeza que não presta
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3. |
Vai Passar
04:22
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Quanto tempo faltará para relembrares
Quais os dias que o meu tempo aproveitou?
Quando o tempo me faltar
Espero que a memória esteja a trabalhar
Pronta para mostrar o que apanhou
Papa sem poupança
Não paga a conta e enche a pança
Passa-me a perna e não descansa
Se isto vai passar
Ajuda-me a abrandar
Já não sei lidar
Com a pressa a cintilar
Vais ter de ficar
Comigo para provar
Que isto vai passar
Não me afogues que eu não vou nem sei se estou
Ao encontro da verdade.
Essa só vem depois
Diz-me só se há mais opções
Ou se nem sequer há liberdade
Papa sem poupança
Não paga a conta e enche a pança
Passa-me a perna e não descansa
Se isto vai passar
Ajuda-me a abrandar
Já não sei lidar
Com a pressa a cintilar
Vais ter de ficar
Comigo para provar
Que isto vai passar
Ri-se ao ver o neto aproveitar
A primavera
Dá prazer ter tempo para o mimar
Ai quem lhe dera
Que o seu tempo desse os passos que ela deu
Não tivesse lá ficado onde o perdeu
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4. |
Chamada Em Espera
00:57
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5. |
Menor de Mim
04:13
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Por razões que não controlo
Já cheguei tarde, sem validade.
Tu não vês que passo mal
Com a idade e a cidade.
Mais valia que assistisse
Porque assim poupava tanta mais chatice.
Não pensava tanto
E ficava no meu canto.
Passo a semana a dar
O meu parecer e o menor de mim,
Só para te recordar
Que pertencer não é aqui
Sem ti.
Quantas festas vou perder
Antes que largues e nem repares?
Quantos vão e quem são eles?
Pergunto às onze e aquilo é longe.
Mais valia eu nem ir.
Se o metro fecha eu não vou conseguir.
Seja noutro dia
Em que eu tenha bateria.
Passo a semana a dar
O meu parecer e o menor de mim,
Só para te recordar
Que pertencer não é aqui
Sem ti.
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6. |
Os Meus Vizinhos
03:56
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Tenho uma quinta ao pé
De uma outra quinta distinta
Até nos damos bem
Os meus valores dão as mãos à esperança
Mas tradição não vai bem com mudança
A galinha da vizinha
Ai um dia há de ser minha
Pus-me a observá-la
Mas não sou ladrão
E foi capaz de replicá-la
Com exatidão
Ai não é fácil falar
Desta vida e da outra
Sem ofender ninguém
Há quem diga o que não pensa
Há quem nem abra a boca
E tudo fica bem
Tudo é bonito aqui
Estão cá excursões de outras quintas
Procuram calor
Fico corado se alguém elogia
A arquitetura ou a gastronomia
Ter inveja é coisa feia
Ai a mim não me chateia
Falo mal dos outros quando não estão cá
Mas sou sempre eu a convidá-los a tomar um chá
Ai não é fácil falar
Desta vida e da outra
Sem ofender ninguém
Há quem diga o que não pensa
Há quem nem abra a boca
E tudo fica bem
Nunca vou esquecer
Aquela vez que fui o melhor,
Que as minhas flores
Andavam nas bocas do mundo
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7. |
Sono, Leva-me Longe
04:09
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Para quê madrugar se não tarda o sol se esconde?
Luz invade a casa mas eu não sei bem por onde.
Gente na cozinha sobre o chão axadrezado
Espera que me arraste para fora do meu quarto.
Ai maldita pressa de viver,
Só me dá vontade de esconder
Da realidade que me atormenta assim.
Sono leva-me longe,
Onde a vontade não é a de hoje.
Está arrepia, deixa em folia,
Causa anemia
Em todo o meu ser.
Móveis dançam valsa num antiquário.
Estranhas melodias sobre a vida de um armário
Levantam a poeira para formar um oceano.
Acordo com um espirro e regresso ao quotidiano.
Ai maldita pressa de viver,
Só me dá vontade de esconder
Da realidade que me atormenta assim.
Sono leva-me longe,
Onde a vontade não é a de hoje.
Está arrepia, deixa em folia,
Causa anemia
Em todo o meu ser.
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8. |
Não Te Aborreças
03:32
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Quanto ao final
Espero que isto corra bem
Este instrumental
Nem uma palavra tem
Olhar para nós
Pensar em nós
A mudança de perspectiva
Traz expectativas
E com elas outra voz
Qualquer coisa há de aparecer
Se tu me emprestares ideias
E eu mais tarde as devolver
Com três onomatopeias
Por nascer
Não te aborreças
Antes que apeteça
Ir escrever outra
Mais bem disposta
Com outras cores
Menos menores
Ou algo assim
Qualquer coisa há de aparecer
Se tu me emprestares ideias
E eu mais tarde as devolver
Com três onomatopeias
Por nascer
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